domingo, novembro 04, 2007

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Padre casou com assistente

2007/11/04 | 13:07
Queria evitar que a mulher, que é brasileira, fosse expulsa do país

Os «casamentos por conveniência» na Galiza chegaram agora ao próprio clero, tendo o pároco de Tomiño oficializado a sua união de facto com a assistente, brasileira, alegadamente para evitar que ela fosse expulsa de Espanha.

No entanto, e segundo o jornal «La Región», esta união, consumada no dia 01 de Outubro, durou pouco tempo, acabando por ser rompida 13 dias depois por ordem do Bispado de Tui-Vigo.

O pároco de Tomiño, Ernesto Pazos Chaves, explicou que o único objectivo que o levou a assumir esta união de facto era regularizar a situação da sua assistente, uma brasileira de 56 anos, que reside há mais de uma década em Espanha.

Disse mesmo que a única coisa que o moveu foi «um sentido de caridade e humanidade» para evitar que a pessoa que cuida dele e lhe faz companhia desde que os seus pais morreram tivesse, «contra a sua própria vontade», de regressar ao Brasil.

O padre rejeitou ainda a existência de uma relação sentimental entre ambos.

Com a união de facto, explicou, a assistente poderia renovar a sua permissão de residência em Espanha, que caducou a 06 de Outubro.

Esta notícia prova que a polícia da Galiza não tem apenas que se preocupar e investigar os alegados casamentos por conveniência, naquela região, de portugueses com brasileiras, como recentemente foi anunciado.

Na altura, o inspector chefe da Unidade de Estrangeiros e Documentação da Polícia Nacional de Verín, Juan Banclo, disse à Lusa que estavam a ser investigados alegados «casamentos por conveniência» entre brasileiras e portugueses na comarca de Monterrei, província de Ourense.

Segundo Juan Blanco, este é um «fenómeno crescente» naquela comarca e o objectivo do «acordo comercial» será a legalização das brasileiras, mediante o pagamento ao «noivo» de uma quantia superior a 3000 euros.

«O que elas querem é conseguir a residência comunitária, para não poderem ser expulsas do País», referiu.

Acrescentou que, caso se venha a descobrir que os casamentos são «fictícios», as mulheres são automaticamente extraditadas para o seu país de origem, ao mesmo tempo que homem e mulher envolvidos incorrem numa sanção, prevista no Código Penal.

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